Sobre o livro: Minha querida assombração

Ler o livro “Minha querida assombração, de Reginaldo Prandi, foi surpreendente. Apesar do título ser pouco atrativo e assustador, pelo menos para quem não gosta desse tema, o desenvolvimento da história é muito interessante e nos prende do começo ao fim do livro. Esse livro é recomendado para crianças e adolescentes que, conforme disse o autor, tenham coragem de ler histórias de assombrações.
O enredo se desenvolve em torno de uma família que decide fazer uma viagem ao interior de São Paulo. O pai, chamado Paulo, e seus quatro filhos.
Tendo trabalhado muito em seu último projeto, sabia que precisava ficar mais tempo com as crianças então programaram uma semana de férias em uma antiga fazendo e lá acontecem fatos inusitados.
A Fazenda Velha era de Dona Santa e Seu Juvêncio e funcionava como um hotel-fazenda. Tudo lá era tipicamente caipira, a comida vinha de suas plantações e da criação dos porcos e o leite retirado da vaca.
O que era também tipicamente caipira era a contação de “causos” de dona Santa. A história se desenrola a partir desses casos assustadores que ela contava à família após o jantar.
Depois de um dia repleto de atividades, como colher frutas das árvores, brincar no riacho na companhia dos três cães da fazenda, no final do dia, tomavam banho para jantar e logo após, era a hora das histórias mais horripilantes que já escutaram na vida.
Dona Santa conta seis histórias com final sobrenatural, uma em cada dia da semana.
Abaixo um breve resumo de cada uma delas para você criar coragem e ler até o final.
A noiva da figueira
A primeira história contada por Dona Santa é “A noiva da figueira”. Diziam que nessa figueira uma moça se enforcou porque se apaixonara por um homem sem recursos financeiros que o pai jamais permitiria que ela se casasse. E arranjou um noivo para ela, filho de um rico fazendeiro.
Sem poder de escolha, Eva no dia de seu casamento, sumiu da festa para se entregar a um triste desfecho.
Os gêmeos no espelho
Dona Santa conta uma história de dois irmãos gêmeos, Pedro Paulo e Paulo Pedro.
Eram idênticos na aparência, porém na alma eram muito diferentes. Pedro era um menino bom e o preferido do pai, tratava muito bem os animais. Diferente de Paulo que era um menino mau e o preferido da mãe, não gostava dos animais.
Um dia, quando brincavam no paiol, Paulo Pedro pôs fogo enquanto estavam lá dentro. O pai conseguiu tirar o menino bom, mas não deu tempo de tirar o menino mal que morreu com o telhado desabando em cima dele.
A volta da mula sem cabeça
Essa é a história de Beatriz, uma menina sem família que acabou sendo adotada por um padre de nome Estevão, pois não tinha onde morar.
Quando ela cresceu, o Padre se apaixonou por ela, então se entregaram um ao outro num amor de perdição.
O poço do destino
Em uma velha casa abandonada havia um poço de tirar água com corda e balde. Ele era chamado de poço do destino porque em noite de lua cheia as moças com intenção de se casar procuravam lá embaixo no espelho d’água a imagem de seu futuro marido. Porém tinha que ter muita coragem para olhar, porque poço também podia mostrar a sua própria morte.
Aqui é contata a história do casal, Madalena e Luisão que decidiram olhar o fundo do poço antes de se casarem.
A procissão dos mortos
Dona Tina tinha herdado de sua mãe e avó o dom de prever o futuro. Morava em uma rua que terminava num cemitério e, em certas noites, de sua janela, via sombrios espetáculos: uma procissão que passava em direção ao cemitério.
O baile do caixeiro-viajante
Leôncio era um caixeiro-viajante da capital que provinha de mercadorias as vendas do local.
Um dia sua condução deu problema e ele não conseguiu voltar para a cidade e teve que dormir lá mesmo.
Para se distrair foi ao baile que acontecia todo sábado. Lá conheceu uma moça que dançou o baile todo e por quem se apaixonou.
A conclusão
O final do livro é inesperado e quando terminamos de ler, descobrimos que valeu a leitura, pois é um excelente livro, de uma história muito envolvente. De aprendizados significativos sobre valores de uma época e costumes caipiras.