I Ching – Uma ferramenta valiosa para o autoconhecimento
Autoconhecimento através da filosofia do I Ching
Um dos processos mais importantes da vida é o autoconhecimento. Pois através da observação de nossas próprias emoções, pensamentos e atos, podemos nos conhecer de forma íntegra.
Refletir sobre esses aspectos em nós, compreendemos quem somos. A cada sentimento aflorado podemos dominá-lo, minimizando seus efeitos nocivos.
Dessa forma, é possível desenvolvermos o nosso lado pessoal e profissional, tornando-nos pessoas mais felizes e produtivas.
Existem várias maneiras de começar a trilhar o caminho do autoconhecimento. Desde a ajuda de um profissional até a leitura de livros que nos façam refletir sobre conceitos e aplicá-los em nossa vida.
E uma boa maneira de entender a si mesmo e a vida pode ser através da filosofia, como o I Ching, uma ferramenta valiosa para o autoconhecimento.
Considerado uma das mais importantes obras da filosofia chinesa, o livro contém uma sabedoria milenar que se aplica em várias áreas da vida.
Foi elaborado a 3.000 anos a.C. por quatro sábios, imperador Fu Xi, Rei Wen, Duque de Chou e o pensador Confúcio.
Algumas pessoas utilizam-no como um oráculo, fazendo perguntas. Entretanto vai muito além de um livro de previsões.
Ele nos estimula ao conhecimento de nós mesmos através de suas 64 combinações de seis linhas, chamadas de hexagramas. Para cada combinação um conselho, um convite à reflexão sobre nossas ações.
Essas combinações vêm das energias Yin- Yang:
a linha que representa Yang é cheia ———-
a linha que representa Yin é um traço, um espaço e um traço —– —–
Formam-se oito trigramas que são o céu, a terra, o fogo e a água; o lago e a montanha; o trovão e o vento. Arquétipos fundamentais do I Ching.
A partir desses trigramas formam-se os 64 hexagramas, símbolos que combinam os trigramas entre si.
O livro das mutações
Conhecido também como o livro das mutações por apresentar uma dinâmica do mundo; o modo que a natureza funciona como um mecanismo de transformação. Ou seja, tudo está em constante mudança.
O livro da sabedoria fala também sobre a manifestação das leis universais através dos ciclos da vida: sol e lua, dia e noite e as estações do ano por exemplo.
Portanto aprender os princípios da natureza e entender a força desses ciclos, poderemos dar um sentido profundo para a nossa vida.
Quando conhecemos a nós mesmos, nossos pensamentos e ações harmonizam-se com as leis do universo, pois somos parte dele.
Essa filosofia mostra a nossa vida como um ciclo de existência, em que devemos aceitar que tudo está em movimento.
Não devemos ficar estáticos diante das situações, mas viver intensamente o presente, melhorando e crescendo como indivíduo e consequentemente tudo melhora à nossa volta.
“Dharma” – O caminho
Assim como uma semente germina e frutifica, seguindo seu curso natural. Natural também é o nosso percurso em direção ao nosso potencial.
Dharma – O caminho pelo qual percorremos em direção à nossa missão de vida, à nossa realização.
O I Ching representa o caminho nessa busca de conexão entre as leis do universo e a manifestação na matéria.
E o ser humano é a ponte entre o céu e a terra, sendo o céu, a nossa essência que habita dentro de nós e se manifesta através de nossas atitudes no material, considerado a terra.
Entender que em cada ciclo de nossas vidas, podemos aprender, transformar e crescer no final de cada um deles.
Conhecer a sua própria essência (conhecer a si mesmo), a natureza e seus ritmos. Entender as polaridades da vida e as transformações é alinhar-se com seu próprio eixo interior, trazendo harmonização mental que corrige atitudes internas destrutivas e liberta-o de efeitos físicos degenerativos.
Sua filosofia revela também a forma como nos relacionamos com as pessoas. Se formos corretos, permanecendo em sintonia com o Cosmo, todas as coisas funcionarão de maneira a beneficiar todos os envolvidos. Se estivermos fora de harmonia, então a boa sorte é “jogada fora”.